Legislação

Corte de impostos federais sobre diesel não reflete em redução para o consumidor, afirma ANP

O recente corte nos impostos federais sobre o diesel, que foi zerado no início do mês após o término de uma medida provisória, ainda não se traduziu em preços mais baixos para os consumidores, de acordo com a pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo Gás e Biocombustíveis). Na última semana, o diesel S-10 foi comercializado pelos postos brasileiros a uma média de R$ 6,20 por litro, apenas R$ 0,02 mais barato do que nas semanas anteriores. Esperava-se uma queda de R$ 0,11 por litro após o corte de impostos.

Os impostos federais sobre o diesel foram reintroduzidos parcialmente para financiar um programa de descontos na compra de veículos, mas o prazo para votação da medida provisória expirou no início do mês, resultando na sua revogação e na zeragem dos impostos, que só deverão ser restabelecidos em janeiro de 2024.

Enquanto isso, a Petrobras está avaliando o cenário e fará ajustes nos preços internos conforme necessário. A situação é agravada pelas tensões no Oriente Médio, especialmente após o aumento das hostilidades entre o Hamas e Israel, elevando o preço do petróleo Brent, referência global, para acima dos US$ 90 por barril.

Esse cenário incerto cria desafios para a política de preços dos combustíveis da Petrobras, que já enfrenta defasagens significativas nas vendas de diesel. As oscilações nos preços internacionais do petróleo, somadas à complexidade do mercado, continuam a impactar o bolso dos consumidores brasileiros.

Adaptado Diesel Economics | 23 de outubro de 2023

Fonte
Folha de São Paulo
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