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Conflito no Oriente Médio não afeta oferta de petróleo e preços caem

O conflito entre Israel e o Hamas, que ocorre no Oriente Médio, uma região com grande produção de petróleo, não está tendo impacto significativo na oferta da commodity. Isso explica, em parte, a queda dos preços do petróleo nos últimos meses

A Guerra tem tido menor relevância devido, principalmente a três pontos: As preocupações com a economia global, em especial com a China, o maior importador de petróleo do mundo, têm levado a uma expectativa de queda na demanda futura da commodity. Os Estados Unidos, o maior produtor de petróleo do mundo, têm aumentado sua produção nos últimos meses, o que contribui para a oferta global. Os países produtores de petróleo, como a Arábia Saudita, o Irã e o Iraque, temem ser alvo de sanções se restringirem as vendas de petróleo.

Apesar da queda dos preços, ainda há riscos de que a guerra se espalhe para os grandes produtores de petróleo da região ou para as principais rotas marítimas. Nesse caso, os preços do petróleo poderiam subir significativamente.

Um ataque a uma instalação petrolífera na Arábia Saudita, em 2019, que foi atribuído ao Irã, levou a um aumento de 10% nos preços do petróleo. Na pior das hipóteses, o Irã, principal apoiador do Hamas, poderia tentar bloquear o estreito de Ormuz, por onde passam cerca de um terço do petróleo produzido no mundo.

No entanto, os analistas acreditam que isso é improvável. O governo Biden está tentando impedir que a guerra se espalhe, e as potências do petróleo na região, incluindo o Irã, também prefeririam manter o tráfego dos navios-tanque no Golfo Pérsico. Qualquer interrupção prejudicaria os lucros de suas exportações, enquanto o aumento dos preços arriscaria atrapalhar e afastar seus clientes mais valiosos.

Adaptado Diesel Economics | 14 de novembro de 2023

Fonte
O Estado de São Paulo
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