Projeções da Opep apontam déficit na oferta de petróleo em agosto

As previsões da Opep apontam para um déficit na oferta de petróleo em agosto e no resto de 2021, à medida que as economias se recuperam da pandemia, sugerindo que o grupo e seus aliados têm espaço para aumentar a produção em uma reunião esta semana.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecida como OPEP +, está devolvendo 2,1 milhões de barris por dia (bpd), cerca de 2% da produção mundial, ao mercado de maio a julho, como parte de um plano para reduzir a produção recorde do ano passado meio-fio.

OPEP + se reúne na quinta-feira para discutir o fornecimento para os próximos meses. Com o petróleo em seu nível mais alto desde 2018, fontes disseram que um novo impulso em agosto será discutido, mas alguns produtores estão preocupados com novos contratempos na demanda e maior oferta iraniana.

A última previsão da Opep para a demanda por seu petróleo sugere que, se os níveis de produção permanecerem os mesmos, a oferta da Opep ficará aquém da demanda esperada em 1,5 milhão de bpd em agosto. O déficit aumenta para 2,2 milhões de bpd no quarto trimestre.

O gráfico acima é baseado na suposição de que os 10 membros da OPEP com cotas continuam bombeando nos níveis acordados de julho e o Irã e outros produtores isentos se limitam à produção de maio – o último mês para o qual os dados da OPEP estão disponíveis.

Também incluído no gráfico está o próprio valor da OPEP para o primeiro trimestre, mostrando um déficit de 280.000 bpd.

O Irã e as potências mundiais vêm conversando desde abril em reviver o acordo nuclear de Teerã de 2015, que permitiria ao Irã aumentar a produção, até agora sem acordo.

Teerã bombeou 2,5 milhões de bpd em maio e estava produzindo 3,8 milhões de bpd em 2018 antes de os EUA endurecerem as sanções, mostram os números da Opep. Portanto, um extra de 1,3 milhão de bpd do Irã nos próximos meses daria à OPEP + menos espaço para aumentar a oferta sem colocar o mercado em superávit.

A OPEP + cortou a produção em um recorde de 9,7 milhões de bpd no ano passado, uma vez que a demanda entrou em colapso quando a pandemia apareceu pela primeira vez. A partir de julho, os freios em vigor ficarão em 5,8 milhões de bpd.