Diesel russo será substituído pelos chineses e americanos
A proibição das exportações russas de diesel, anunciada em 21 de setembro, forçará os importadores a procurar alternativas. Analistas acreditam que a proibição durará apenas duas semanas, mas mesmo que dure mais, os importadores terão dificuldade em encontrar novos fornecedores.
A Rússia é o líder mundial nas vendas de combustíveis navais, à frente dos Estados Unidos. Desde o início do ano até 25 de setembro, as empresas petrolíferas russas forneceram uma média de 1,07 milhões de b/d de diesel, o que representa mais de 13,1% do transporte marítimo global deste combustível.
O país mais afetado pela proibição pode ser o Brasil, que recebeu cerca de 4 milhões de toneladas de óleo diesel da Rússia no ano encerrado em 25 de setembro. Os importadores latino-americanos provavelmente retornarão aos suprimentos americanos e também tentarão negociar com os exportadores do Oriente Médio.
A Europa, por sua vez, aguarda o diesel das refinarias do nordeste da China e da Coreia do Sul. Em setembro, a China já enviou cerca de 190 mil toneladas de óleo diesel para a Europa, e em outubro está previsto o carregamento de 45 mil toneladas.
Adaptado Diesel Economics | 28 de setembro de 2023