Petróleo sobe, contrariando clima das bolsas no exterior, e puxa alta das ações da Petrobras
O medo de recessão e de mais aumentos de juros nas principais economias do mundo pesa sobre os mercados de ações do exterior, mas não abala os preços do petróleo, que operam em alta nesta segunda-feira (25).
Por volta das 12h45, o preço do petróleo tipo Brent – que serve como referência para o mercado internacional da commodity – subia 1,7%, para US$ 104,97 por barril.
Agentes de mercado atribuíram o avanço de hoje a um movimento especulativo, decorrente da perspectiva de que a demanda por energia continuará forte nos próximos meses, principalmente por causa da chegada do frio no hemisfério norte no segundo semestre.
Soma-se a isso a expectativa de restrições à oferta por parte dos Estados Unidos, que deixarão de vender petróleo das reservas estratégicas em setembro, último mês de verão no hemisfério norte.
Os EUA se comprometeram a vender, a partir de abril, 1 milhão de barris por dia das reservas estratégicas de petróleo para limitar o avanço nos preços da commodity.
A expectativa já era de que estas vendas terminassem em setembro, mas Amos Hocshtein, assessor especial da Casa Branca para assuntos de Energia, reforçou este cronograma em entrevista ao Yahoo Finance.
Segundo ele, o governo americano “não pode ser um fornecedor de petróleo. É uma reserva, então temos que mantê-la”, acrescentou.