Demanda global de petróleo não atingirá o pico antes de 2040, afirma Opep
O apetite mundial por petróleo não atingirá seu ápice por mais duas décadas, disse a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) nesta quinta-feira, oferecendo uma visão muito mais otimista da demanda mundial pós-coronavírus por petróleo do que muitas outras previsões.
A demanda global para 2040, quando atingirá 109,3 milhões de barris por dia – será de cerca de 10% acima do nível de 2019. O pico da demanda de combustível fóssil não acontecerá depois desse ponto, mas com a demanda de gás continuando a aumentar até 2045.
O relatório da Opep vai contra muitas outras previsões, como a da BP, que disse no mês passado que a demanda de petróleo já pode ter atingido o pico. A demanda entre as nações ricas da OCDE não vai crescer mais e deve cair 27% em relação aos níveis de 2019 no período até 2045.
No período até 2045, mais de 15 milhões de barris por dia de nova capacidade de refino serão adicionados ao mercado global de petróleo, quase todos na Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África, diz o cartel. Espera-se que as operações de refinaria atinjam seu pico por volta de 2035 antes do platô.
As taxas de utilização cairão de cerca de 80% em 2019 para quase 75% após 2045, diz a organização, acrescentando que, entre agora e 2045, mais US$ 1,5 trilhão serão gastos em novas capacidades de refinaria e manutenção e substituição.
No curto prazo, “conforme a demanda aumenta e a expansão da capacidade desacelera, a lacuna entre a capacidade de refino potencial e necessária deve diminuir para cerca de 2,8 milhões de barris por dia até 2025”, acrescenta a Opep.