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Aumento da mistura de biodiesel no Brasil: atraso, oposição e benefícios

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou em março um novo calendário para o aumento da mistura de biodiesel ao diesel comercializado no Brasil. A mistura passou de 10% para 12% em abril, e deve atingir 15% em 2026.

O novo calendário foi aprovado com atraso, pois o governo federal anterior havia interrompido a política de aumento da mistura. A decisão frustrou os investimentos do setor de biodiesel, que já havia se preparado para atender o cronograma original, que previa 15% de biodiesel desde março deste ano.

A oposição ao aumento da mistura vem de outros setores industriais ligados aos transportes, às montadoras e às indústrias de peças, máquinas e equipamentos. O argumento central contra o biodiesel é a produção de uma borra, um resíduo que, segundo esses segmentos, danifica peças, motores e máquinas.

O setor de biodiesel defende que a mistura até 15% tem o que setor chama de estabilidade oxidativa. O diesel, afirma, também produz um tipo de borra. O aumento da mistura de biodiesel é duplamente positivo, pois reduz as emissões de gases poluentes e a importação de diesel.

A estimativa da consultoria CBIE é de que até 2032 sejam investidos R$ 3,55 bilhões no segmento.

Adaptado Diesel Economics | 11 de outubro de 2023

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Fecombustíveis
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