Tecnologia e sustentabilidade

Joint-venture entre Shell e Gerdau vai construir parque solar em Minas Gerais

A Shell Brasil e a Gerdau anunciaram na segunda (7/2) a criação de uma joint-venture para construção e operação, a partir de 2023, de um novo parque solar em Minas Gerais (MG), com capacidade instalada prevista de aproximadamente 260MWp (Megawatt pico).

O acordo ainda depende de aprovação das autoridades regulatória e concorrencial brasileira.

A nova empresa terá participação igualitária das duas envolvidas. A expectativa é que o parque forneça 50% do volume da energia gerada para unidades de produção de aço da Gerdau no Brasil, na modalidade de autoprodução.

A outra metade deverá ser negociada no mercado livre por meio da Shell Energy Brasil, a comercializadora de energia da Shell.

A parceria poderá destinar cerca de 1/3 da capacidade total do parque solar. E a Shell seguirá buscando outros clientes de longo prazo, como autoprodutores, para o volume remanescente.

Será o segundo parque solar desenvolvido pelas duas companhias. Em julho do ano passado, Shell e Gerdau anunciaram um parque fotovoltaico no município de Brasilândia de Minas, norte de Minas Gerais.

Ambas as empresas têm metas de descarbonização e estão investindo em energia limpa como parte da estratégia.

Em 2021, o Grupo Shell firmou publicamente o compromisso global de atingir emissões líquidas zero até 2050, com a meta complementar de redução de emissões absolutas em 50% até 2030 em comparação a 2016.

Para a Gerdau, a iniciativa corrobora para a redução de gases de efeito estufa, dos escopos 1 e 2 de seu inventário, para 0,83 tonelada de CO₂e (CO₂ equivalente) por tonelada de aço, valor 50% inferior à média global do setor, de 1,89 t de CO₂e por tonelada de aço.

A média atual da empresa é de 0,93 t segundo os dados de 2020 divulgados pela World Steel Association.

Segundo Juliano Prado, vice-presidente da Gerdau, os investimentos da empresa em renováveis fazem parte de um plano mais amplo de diversificação de negócios complementares ao aço. “Estamos avaliando também oportunidades em energia eólica nas Américas”, afirma.

Fonte
epbr
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