A Rússia planeja elevar as exportações do petróleo ESPO Blend a partir do porto de Kozmino, no Extremo Oriente, em julho. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, os embarques devem atingir 4 milhões de toneladas, o equivalente a cerca de 970 mil barris por dia — um aumento de 7,5% em relação a junho, quando os volumes foram reduzidos por manutenções.
O petróleo ESPO é amplamente preferido por refinarias chinesas, que, junto com a Índia, se tornaram os principais compradores do petróleo russo desde 2022. Apesar disso, a demanda chinesa pelo blend enfraqueceu em abril e maio, devido à manutenção sazonal de refinarias e incertezas sobre sanções adicionais dos EUA.
Com a retração da China, a Índia aumentou suas compras de ESPO em abril, atingindo o maior volume desde agosto de 2024. Tradicionalmente, o país evita esse tipo de petróleo por ser mais caro e difícil de transportar em comparação ao Urals, outro blend russo.
Mesmo com as sanções, a gigante chinesa Sinopec voltou a adquirir ESPO para carregamento em maio, após dois meses de pausa. Enquanto as estatais chinesas reduziram ou suspenderam compras, refinarias independentes mantiveram o interesse, aproveitando os preços mais baixos.
A expectativa é que as exportações de ESPO se mantenham próximas das 4 milhões de toneladas nos próximos meses, consolidando o papel da China e da Índia como principais destinos do petróleo russo no cenário atual.
Adaptado Diesel Economics | 25/06/2025