
Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que a Bacia da Foz do Amazonas possui 23,1 bilhões de barris de petróleo in place, dos quais 10 bilhões de barris são recuperáveis. As projeções sugerem que as porções noroeste e sudeste da bacia, juntamente com o Cone do Amazonas, podem atingir um pico de produção de 303 mil barris por dia após 14 anos do início da extração.
Esses dados representam a primeira estimativa oficial do governo sobre o potencial da região, em meio às dificuldades enfrentadas pela Petrobras para obter licença de perfuração de um poço exploratório. O pedido de licença foi negado pelo Ibama em 2023 e está em nova análise. Em outubro, a área técnica do órgão recomendou o indeferimento da licença, mas há disposição em receber contrapartidas da companhia.
A Bacia da Foz do Amazonas é vista como a principal aposta dentro da Margem Equatorial para a continuidade da produção brasileira na próxima década, especialmente devido ao declínio previsto na extração do pré-sal. A maior parte dos blocos na bacia ainda não foi leiloada, e as áreas já oferecidas ao mercado são majoritariamente operadas pela Petrobras.
A Petrobras divulgou recentemente seu Plano de Negócios 2025-2029, prevendo investir US$ 77,3 bilhões em exploração e produção, com 60% desse valor destinado ao pré-sal. O mercado aguarda os desdobramentos da perfuração do primeiro poço da estatal em águas profundas na região, que será crucial para o futuro da produção na Bacia da Foz do Amazonas.
Adaptado Diesel Economics | 22 de novembro de 2024