A oferta de petróleo russo para refinarias indianas aumentou após ataques de drones ucranianos reduzirem a capacidade de refino da Rússia, segundo autoridades indianas ouvidas pela Reuters. Desde o início da guerra na Ucrânia, a Índia tem se beneficiado dos descontos oferecidos pelo petróleo russo, tornando-se o segundo maior comprador da commodity, atrás apenas da China.
Apesar da pressão da administração Trump e das negociações comerciais em curso, autoridades indianas afirmam que continuarão comprando petróleo russo, considerado estratégico para reduzir a conta de importação do país. No entanto, indicam que poderiam cortar essas compras se os EUA liberassem o acesso ao petróleo do Irã e da Venezuela.
Em setembro, as importações indianas de petróleo russo caíram cerca de 100 mil barris por dia em relação a agosto, totalizando 1,61 milhão de bpd. Ainda assim, o petróleo russo representou cerca de um terço de todas as importações de petróleo da Índia no mês.
Refinarias indianas continuam priorizando o petróleo russo por razões econômicas, mas algumas já começaram a diversificar suas fontes, incluindo barris dos Estados Unidos, Brasil e África Ocidental. Analistas apontam que os volumes russos estão se estabilizando em um patamar mais baixo.
Enquanto isso, o presidente russo Vladimir Putin alertou que, diante da crescente demanda global por energia, os preços do petróleo podem ultrapassar US$ 100 por barril se o petróleo russo for excluído do mercado internacional.
Adaptado Diesel Economics | 06/10/2025