A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) convocaram uma greve nacional de dois dias, marcada para 29 e 30 de maio, em protesto contra a estagnação das negociações com a Petrobras. As entidades criticam a falta de progresso nas discussões sobre remuneração variável e denunciam o que chamam de “incoerência” da gestão da estatal.
Segundo as federações, a Petrobras anunciou lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025 e distribuiu R$ 11,72 bilhões em dividendos, ao mesmo tempo em que defende medidas de austeridade interna. A insatisfação aumentou após declarações da presidente da empresa, Magda Chambriard, que sinalizou cortes de despesas, inclusive na área corporativa, devido à queda nos preços do petróleo.
A greve é uma continuidade da mobilização iniciada em março, quando os trabalhadores realizaram uma paralisação de 24 horas. A decisão foi tomada em reunião conjunta das federações no dia 14 de maio.
Outro ponto de preocupação destacado pelas entidades é a segurança nas unidades operacionais. A FUP e a FNP denunciam subnotificações de acidentes, como o ocorrido recentemente na plataforma Cherne 1, na Bacia de Campos, e exigem mais transparência e rigor na gestão da segurança dos trabalhadores.
Adaptado Diesel Economics | 15/05/2025