A Petrobras está perto de retomar a refinaria de Mataripe, no Recôncavo Baiano, que foi vendida para a Acelen em 2021. Segundo fontes, já houve entendimento sobre o preço e os prazos da operação com a Mubadala Capital, controladora da Acelen. O anúncio deve sair nas próximas semanas, com a transferência ocorrendo até o primeiro trimestre do próximo ano.
A refinaria de Mataripe, que é a segunda maior do país e concentra 14% da capacidade de refino brasileira, foi comprada pela Acelen por US$ 1,65 bilhão em 2021. Desde a mudança de governo em 2023, a venda tem sido alvo de controvérsia, e o próprio Mubadala tem sinalizado interesse em “devolver” o ativo para a estatal.
A venda de Mataripe para a Mubadala ocorreu no contexto dos desinvestimentos da Petrobras. Em 2019, a estatal assinou um termo de compromisso com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para vender metade do seu parque de refino. No entanto, em maio deste ano, o Cade liberou a Petrobras desse compromisso, abrindo caminho para a “devolução” do ativo.
A Acelen, que controla a refinaria de Mataripe, continua sendo cliente da Petrobras, que fornece o insumo básico – o óleo cru – para Mataripe. Após meses de embate, a Mubadala aceitou negociar a devolução do ativo, e as conversas estão agora em sua reta final.
Adaptado Diesel Economics | 17 de julho de 2024