A Opep e seus aliados (Opep+) anunciaram no domingo (03/11) que vão estender as restrições voluntárias de produção até o final de dezembro de 2024. Com isso, um eventual aumento da produção do grupo deve ser adiado para 2025. A medida afetará a produção de 2,2 milhões de barris por dia em países como Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã.
Os países membros se comprometeram a compensar até setembro de 2025 quaisquer volumes produzidos acima das metas estabelecidas desde o início de 2024. A Opep+ havia indicado anteriormente que poderia começar a relaxar os cortes na extração em 2024, mas vem adiando o prazo para o retorno dos níveis de produção.
A decisão visa manter os preços do barril próximos a US$ 80, um nível que permite o equilíbrio fiscal dos principais países integrantes do cartel. Nos últimos meses, o preço do barril tem mostrado sinais de queda devido ao aumento da produção nos Estados Unidos e no Canadá, além de uma demanda enfraquecida na China.
A decisão da Opep+ ocorre a dois dias das eleições nos Estados Unidos, em um contexto de guerra entre Rússia e Ucrânia, e tensões entre Irã e Israel. A política externa do próximo presidente dos EUA pode impactar significativamente os membros da Opep+, especialmente a Rússia e o Irã.
Adaptado Diesel Economics | 04 de novembro de 2024