IPCA tem deflação de 0,08% em junho e inflação chega a 3,16% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, teve deflação de 0,08% em junho ante maio, 0,31 ponto percentual abaixo dos +0,23% do mês anterior, informou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, a alta acumulada do IPCA está em 2,87%. Já nos últimos 12 meses, o índice é de 3,16%. Em junho de 2022, a variação da inflação havia sido de 0,67%.
A variação negativa foi menos intensa que a esperada pelos analistas de mercado. O consenso Refinitiv estimava deflação de 0,10% no mês e variação de +3,17% na comparação anual.
Segundo o IBGE, Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%) foram os grupos que mais contribuíram para o resultado do mês, com impacto de -0,14 p.p. e -0,08 p.p no índice geral, respectivamente.
Também registraram quedas os Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%).
No lado das altas, o maior impacto (0,10 p.p.) e a maior variação (0,69%) em junho vieram do grupo Habitação. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,36% de Despesas pessoais.
“Alimentação e bebidas e Transportes são os grupos mais pesados dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA. Assim, a queda nos preços desses dois grupos foi o que mais contribuiu para esse resultado de deflação no mês de junho”, explicou em nota André Almeida, analista da pesquisa.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve queda de 0,10% em junho. Em maio, o índice havia registrado aumento de 0,36%. No ano, o INPC acumula alta de 2,69% e, nos últimos 12 meses, de 3,00%, abaixo dos 3,74% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a taxa foi de 0,62%.
Os produtos alimentícios caíram 0,66% em junho e os não alimentícios subiram 0,08%, desacelerando em relação ao resultado de 0,43% observado em maio. Regionalmente, doze áreas registraram queda em junho, com o menor resultado em Goiânia (-0,86%), e o maior, em Recife (0,38%).