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Importações de Óleo Combustível na Costa do Golfo dos EUA Atingem Maior Nível em 25 Anos

As importações de óleo combustível na Costa do Golfo dos Estados Unidos dispararam em setembro, alcançando o maior volume em um quarto de século. Foram importados cerca de 541 mil barris por dia, o maior fluxo desde o ano 2000. O aumento reflete o impacto das sanções que restringem as exportações de petróleo da Venezuela e da Rússia, forçando refinarias americanas a buscar alternativas para manter suas unidades de coque operando.

Enquanto isso, as importações de petróleo bruto na região caíram para cerca de 880 mil barris por dia, o menor nível desde o final de 2022. Os estoques domésticos de fuel oil também estão em queda, com pouco mais de 20,6 milhões de barris, abaixo dos níveis anteriores à guerra na Ucrânia.

Para suprir a demanda, produtores do Oriente Médio — como Arábia Saudita, Kuwait e Iraque — estão redirecionando cargas para os EUA, aproveitando a queda sazonal no consumo interno de energia. Também há volumes sendo enviados da Ásia e do Norte da África, segundo comerciantes ouvidos pela Reuters.

Especialistas apontam que há uma maior disponibilidade de resíduos com alto teor de enxofre, que são valorizados pelo sistema de refino americano por contribuírem para o aumento da produção de diesel. A escassez de petróleo pesado, especialmente da Venezuela, tem sido um dos principais motores dessa mudança.

O crescimento das importações ocorre em meio à alta global na demanda por fuel oil, impulsionada por viagens mais longas de petroleiros no Mar Vermelho e pelo aumento da chamada “shadow fleet”, que transporta barris sancionados. Esses fatores estão estreitando os laços entre os mercados marítimos globais e as operações de refino nos EUA.

Adaptado Diesel Economics | 02/10/2025

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