O Federal Reserve (Fed) anunciou um corte de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros dos Estados Unidos, agora situadas entre 4,25% e 4,5%. Esse movimento, esperado pelo mercado, reflete as crescentes expectativas de inflação com a eleição de Donald Trump. Este é o terceiro corte consecutivo, seguindo o mesmo ritmo de redução iniciado em setembro.
Apesar de esperado, o corte não foi unânime, com a dirigente de Cleveland, Beth Hammack, preferindo manter as taxas atuais. O Fed indicou que os cortes podem estar próximos do fim, já que a inflação permanece acima da meta de 2%. A decisão gerou tensão entre investidores, fazendo o dólar atingir R$ 6,24.
O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, prevê novos cortes em março e 2025, encerrando o ciclo entre 3,75% e 4,00% ao ano. Ele destaca que, embora não haja sinais de uma recessão iminente, o cenário inflacionário apresenta riscos.
A economia dos EUA tem mostrado resiliência frente aos altos custos de empréstimos, permitindo ao Fed manter sua política sem causar danos econômicos significativos. O banco central busca aliviar a pressão sobre a economia e preservar o mercado de trabalho.
As projeções do Fed para 2025 indicam um crescimento econômico ligeiramente mais forte e uma inflação mais alta do que o previsto anteriormente. As autoridades esperam que a inflação atinja a meta de 2% até 2027, enquanto investidores permanecem otimistas com as políticas de crescimento prometidas pela nova administração de Trump.
Adaptado Diesel Economics | 18/12/2024