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Exportações de petróleo do Irã para a China caem com sanções e manutenção

As exportações de petróleo do Irã para a China recuaram em maio, impactadas pelo endurecimento das sanções dos Estados Unidos e por manutenções em refinarias chinesas, segundo dados da Vortexa divulgados pela Bloomberg. O volume enviado foi de pouco mais de 1,1 milhão de barris por dia, uma queda de 20% em relação a maio de 2024 e cerca de 400 mil barris a menos que em abril.

Apesar da redução, os dados são imprecisos, já que muitos navios que transportam petróleo iraniano desligam seus rastreadores ou realizam transferências entre embarcações para ocultar a origem da carga. Segundo a Kpler, essas práticas se intensificaram, dificultando ainda mais o rastreamento das exportações iranianas.

A expectativa é que os fluxos de petróleo do Irã para a China permaneçam abaixo do normal nas próximas semanas, devido à manutenção sazonal das refinarias chinesas, que agora deve se estender até julho. Além disso, os estoques de petróleo iraniano adquiridos anteriormente por refinarias privadas chinesas ainda estão elevados.

A China é o principal cliente do petróleo iraniano, com refinarias independentes — conhecidas como “teapots” — comprando a maior parte do petróleo sancionado. Essa relação comercial tem sido vantajosa para ambos os lados: o Irã consegue escoar sua produção e a China obtém petróleo a preços mais baixos.

Enquanto isso, EUA e Irã seguem negociando um novo acordo nuclear. No entanto, Teerã já sinalizou que não está disposto a suspender totalmente suas atividades de enriquecimento de urânio, condição exigida por Washington para a retirada das sanções.

Adaptado Diesel Economics | 04/06/2025

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