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EUA Intensificam Sanções Contra China e Irã em Nova Investida Geopolítica

O governo dos Estados Unidos lançou uma nova rodada de sanções nesta quinta-feira, mirando cerca de 100 indivíduos, empresas e embarcações ligadas ao comércio de petróleo iraniano e à influência russa nos Bálcãs. Entre os alvos está o grupo chinês Shandong Jincheng Petrochemical, acusado de comprar milhões de barris de petróleo iraniano desde 2023, e o terminal Rizhao Shihua, que teria operado navios da “shadow fleet” iraniana.

A ofensiva ocorre em meio ao fim da isenção de sanções para a refinaria NIS, ligada à Gazprom Neft, na Sérvia. A medida afeta diretamente o abastecimento do país, que depende da instalação para cerca de 80% de seus combustíveis. O corte no fornecimento via o oleoduto JANAF, da Croácia, já provocou alertas logísticos e pode gerar perdas de €18 milhões em receita, segundo autoridades locais.

Essa é a ação mais agressiva de Washington desde o verão, quando mais de 115 entidades ligadas à rede petrolífera iraniana foram sancionadas. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o objetivo é “desmantelar elementos-chave da máquina de exportação do Irã” e reduzir sua receita com petróleo.

A medida também visa pressionar Moscou, em um momento de tensão geopolítica com a guerra na Ucrânia e instabilidade no Oriente Médio. Apesar das sanções, refinarias chinesas ainda resistem, mas o aumento de intermediários na lista negra pode dificultar seguros, financiamentos e operações de disfarce de origem dos barris iranianos.

O presidente russo Vladimir Putin alertou que, diante da crescente demanda global por energia, os preços do petróleo podem ultrapassar US$ 100 por barril se o petróleo russo for excluído do mercado. A nova rodada de sanções reforça o compromisso dos EUA com a aplicação rigorosa das restrições, mesmo em um cenário de equilíbrio delicado nos mercados globais de energia.

Adaptado Diesel Economics | 09/10/2025

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