A demanda global de petróleo registrou um crescimento de apenas 800 mil barris por dia no primeiro semestre de 2024, o menor volume desde 2020, conforme o relatório mensal da Agência Internacional de Energia (IEA). A desaceleração da economia chinesa, com queda no consumo pelo quarto mês consecutivo em julho, é apontada como a principal causa dessa desaceleração.
Fora da China, o crescimento da demanda por petróleo é considerado morno. Nos Estados Unidos, houve um declínio acentuado nas entregas de gasolina em junho, após um aumento inesperado em maio. O uso de gasolina no maior consumidor de petróleo do mundo diminuiu em cinco dos primeiros seis meses deste ano.
A oferta mundial de petróleo aumentou 80 mil barris por dia em agosto, totalizando 103,5 milhões de barris diários. Interrupções na Líbia foram compensadas por fluxos mais altos da Guiana, Brasil e outros países. No entanto, os estoques globais de petróleo caíram 47,1 milhões de barris em julho, com uma queda significativa em petróleo bruto e GNL.
Os preços do petróleo caíram em agosto e início de setembro, com o Brent sendo negociado a cerca de US$ 70 por barril, o nível mais baixo desde o final de 2021. A queda nos preços é atribuída à demanda chinesa enfraquecida e aos ventos contrários econômicos, que aumentaram os temores de excesso de oferta.
Adaptado Diesel Economics | 12 de setembro de 2024