
A BP está considerando vender a Castrol, sua marca de lubrificantes há 25 anos, devido à pressão de investidores ativistas que desejam que a gigante energética retorne ao seu negócio principal de upstream. A empresa tem enfrentado desempenho insatisfatório em várias de suas unidades de negócios, com uma queda de 35% na receita.
A Elliot Management, terceiro maior investidor da BP com uma participação de 5%, está pressionando a empresa a se desfazer de outras partes do negócio, incluindo a Castrol e a marca de carregamento de veículos elétricos Pulse, além de reverter os compromissos de neutralidade de carbono. A BP adquiriu a Castrol em 2000 por £4 bilhões e agora acredita que o negócio de lubrificantes pode ser vendido por entre £8 bilhões e £10 bilhões.
John Sargeant, consultor de lubrificantes e energia em Londres, sugeriu que a venda da Castrol poderia atrair investidores do Oriente Médio, mas alertou que a posição downstream da BP não é tão atraente quanto há alguns anos. Ele também destacou que a Castrol gera um EBITDA confiável de mais de $800 milhões por ano para a BP.
Sargeant afirmou que, embora a venda da Castrol possa agradar a Elliot Management, ela poderia aumentar as demandas por mudanças ainda mais significativas na BP. A decisão de vender a Castrol está sendo considerada como parte de uma estratégia mais ampla para focar nos ativos de upstream da empresa.
Adaptado Diesel Economics | 24/02/2025