O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 10,5% ao ano, interrompendo o ciclo de cortes de juros iniciado há quase um ano. A decisão, que era esperada pelos analistas financeiros, ocorre em meio à alta recente do dólar e ao aumento das incertezas econômicas.
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o IPCA subiu para 0,46%, com os alimentos impulsionando o indicador após as enchentes no Rio Grande do Sul. O indicador acumula alta de 3,93% em 12 meses, cada vez mais distante do centro da meta deste ano.
A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia, pois juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. No entanto, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. Segundo o último Relatório de Inflação do Banco Central, a projeção de crescimento para a economia em 2024 é de 1,9%, enquanto os analistas econômicos preveem uma expansão de 2,08% do PIB em 2024.
Adaptado Diesel Economics | 18 de junho de 2024