Banco Central da China Lança Pacote de Estímulo Mais Agressivo Desde a Pandemia
O Banco Central da China anunciou nesta terça-feira seu maior pacote de estímulo desde a pandemia, visando tirar a economia de seu estado deflacionário e alcançar a meta de crescimento do governo. O pacote inclui mais financiamento e cortes de juros, na tentativa de restaurar a confiança na segunda maior economia do mundo, após uma série de dados decepcionantes que levantaram preocupações sobre uma desaceleração prolongada.
O presidente do banco central, Pan Gongsheng, revelou planos para reduzir os custos de empréstimos e injetar mais fundos na economia, além de aliviar a carga de pagamento de hipotecas das famílias. Entre as medidas, está a redução da taxa de compulsório em 50 pontos-base, liberando cerca de 1 trilhão de iuanes (142 bilhões de dólares) para novos empréstimos. A taxa de recompra reversa de sete dias também será reduzida em 0,2 ponto percentual, para 1,5%.
O pacote de suporte ao mercado imobiliário inclui uma redução de 50 pontos-base nas taxas de juros médias para hipotecas existentes e um corte na exigência de entrada mínima para 15% em todos os tipos de moradias. No entanto, analistas questionam a eficácia dessas medidas, dada a fraca demanda de crédito por parte de empresas e consumidores, e a ausência de políticas para apoiar a atividade econômica real.
Além disso, o banco central introduziu duas novas ferramentas para impulsionar o mercado de capitais: um programa de swap de 500 bilhões de iuanes para facilitar o financiamento de compra de ações e até 300 bilhões de iuanes em empréstimos baratos para bancos comerciais financiarem compras e recompras de ações. Analistas alertam que mais estímulo fiscal pode ser necessário para que o crescimento retorne à meta oficial de aproximadamente 5% este ano.
Adaptado Diesel Economics | 24 de setembro de 2024