Mercado

White Martins compra parte da Petrobras no consórcio GNL Gemini

A Petrobras assinou os contratos com a White Martins para vender 40% da sua participação na GNL Gemini Comercialização e Logística de Gás, consórcio criado pelas companhias para comercializar gás natural liquefeito (GNL) em pequena escala a partir de uma base em São Paulo. Com a acordo, a Petrobras deixa o negócio ao mesmo tempo em que a BR Distribuidora considera entrar nesse mercado.

Em nota, a Petrobras informou que o acordo com a White Martins encerra “pendências societárias, de arbitragem e temas em discussão judicial referentes às operações da Gás Local”, que é a marca pela qual o GNL é vendido.

Sem entrar em detalhes, a companhia também informa que inclui “ajustes nas condições comerciais para o fornecimento de gás, pela Petrobras, na qualidade de consorciada do Consórcio Gemini, formado entre Petrobras, White Martins e a Gás Local, até o final de 2023”.

A conclusão da operação depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“Essa operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando a maximização de valor para os seus acionistas”.

Petrobras sai, BR entra

A operação da Gás Local, sob controle da White Martins, é baseada no fornecimento de gás natural pela Petrobras, em uma unidade de liquefação em Paulínia (SP). De lá, é feita a comercialização por meio de carretas criogênicas. A White Martins comercializa gases especiais, GNC e GNL e a ideia foi unir a capilaridade da empresa e a oferta de gás da Petrobras para competir, especialmente, em São Paulo – o que rendeu questionamentos da Comgás no Cade, por práticas concorrências, em um processo que se arrasta há quase uma década.

A BR Distribuidora está de olho nesse mercado.

O Cade aprovou, sem restrições, a entrada da BR no capital da Golar Distribuidora, com até 50% de participação. O Cade chegou a questionar a sobreposição entre Petrobras, BR Distribuidora, Gemini e até mesmo com a Golar Power, que presta serviços para a Petrobras.

No fim, o órgão entendeu que o negócio representará um aumento de oferta no país, na medida em que não reduz as demais opções de obtenção de gás, e amplia a concorrência com a entrada de um novo player no mercado de distribuição de GNL.

A Petrobras também pretende vender toda a sua participação na BR, na sequência da operação realizada em 2019, quando a distribuidora teve seu controle pulverizado no mercado de ações.

Fonte
EPBR
Mostrar mais
Botão Voltar ao topo
Fechar