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STJ suspende repasse de royalties do petróleo para municípios

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu nesta quarta-feira (14) liminar que determinava a inclusão dos municípios de São Gonçalo, Magé e Guapimirim no recebimento de royalties do petróleo. A decisão foi da presidente do tribunal, que suspendeu os efeitos da tutela de urgência concedido pela justiça federal do Rio de Janeiro.

A presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, entendeu que a divisão do valor com os três municípios trazia a possibilidade de grave lesão ao orçamento e o risco à prestação de serviços essenciais no município de Niterói.

A ministra considerou, entre outros fundamentos, que a manutenção dos repasses poderia causar, apenas em 2022, impacto negativo de mais de R$ 1 bilhão para Niterói – valor correspondente a quase um quarto do orçamento anual do município.

A suspensão vale até o trânsito em julgado da ação ajuizada pelos três municípios contra a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No processo, os municípios alegaram que teriam direito aos royalties da parcela excedente a 5% e da participação especial, por estarem nos limites de campos produtores no estado.

Na sentença – por meio da qual também foi concedida a tutela de urgência –, a 21ª Vara Federal do Distrito Federal entendeu que a situação dos autos se assemelhava ao caso do município de São Sebastião (SP), em que houve decisão para reajustar as linhas geodésicas para fins de divisão dos royalties – o que, para o juízo, permitiria a aplicação do mesmo critério no processo envolvendo os municípios do Rio.

O município de Niterói interpôs recurso de apelação, na condição de terceiro prejudicado, e pediu a concessão de efeito suspensivo à sua impugnação, mas a decisão cautelar foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

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MoneyTimes
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