Mercado

Saiba por que a Petrobras pode gerar desabastecimento no mercado

Na sexta-feira (15) pela manhã, antes dos futuros do petróleo fecharem em Londres em alta de 1% (R$ 84,84), a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) registrava defasagem de R$ 0,48 e R$ 0,66 nos litros da gasolina e diesel em relação ao praticado nos mercados internacionais de referência.

Ao mesmo tempo, circulava entre as distribuidoras informe da Petrobras (PETR4) sobre corte nas entregas dos combustíveis programadas para novembro, conforme está confirmado no site da Brasilcom, que as representa,

A estatal poderá fornecer até 50% a menos para algumas empresas, por conta de problemas no refino e represamento das importações do óleo cru, embora não os tenha declarado oficialmente na circular.

Cruzando esses dois cenários, acendeu o alerta de risco de desabastecimento na cadeia, inclusive como advertiu a Brasilcom à ANP, uma vez que as condições de suprir as necessidades com combustíveis importados estão impraticáveis.

O que a Abicom também confirmou em outras ocasiões ao Money Times e seu presidente, Sérgio Araújo, repetiu neste domingo (17): “Com os atuais preços praticados pelas refinarias nacionais, as importações estão inviabilizadas”.

Além da pouca capacidade de refino da estatal, também está em jogo o represamento das importações de petróleo, de modo a que não se veja forçada a repassar para os preços nas refinarias, mesmo que flagrantemente não venham sendo transferidos por inteiro desde o começo do ano, diz Araújo.

Se a situação não mudar, as distribuidoras terão que importar diretamente, a preços muito superiores ao mercado interno, sem falar do pouco tempo hábil já que outubro caminha para o final.

Fonte
MoneyTimes
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