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Petróleo passa de US$ 100 pela 1ª vez desde 2014 e Bolsas globais têm queda forte, após ataque russo

O petróleo ultrapassou a marca de US$ 100 o barril pela primeira vez desde 2014, as Bolsas globais despencaram e o rublo atingiu uma mínima recorde nesta quinta-feira, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, lançou um ataque à Ucrânia.

Os contratos futuros do petróleo Brent, referência no mercado internacional, saltaram mais de 3,5% para ultrapassar os US$ 100 o barril pela primeira vez desde setembro de 2014.

Já o óleo leve americano, referência nos Estados Unidos, saltou 4,6%, atingindo US$ 96,22 por barril, o maior desde agosto de 2014. O ouro avançou mais de 1,7% para atingir seu nível mais alto desde o início de janeiro de 2021.

Os principais mercados de ações da Europa abriram em baixa. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX caía 3,43%, devido à forte dependência da Alemanha do fornecimento de energia da Rússia. A Bolsa de Paris recuava 3,25%.

Bolsa da Rússia suspende negociações
Em Londres, a Bolsa tinha queda de 2,53%. Na Bolsa de Moscou, houve queda de mais de 10%, o que levou à suspensão das negociações.

No pré-mercado americano, os contratos do S&P 500 e do Nasdaq 100 caíam 1,7% e 2,3%, respectivamente.

Na Ásia, a Bolsa de Tóquio fechou com perdas de 1,81%, enquanto que a Bolsa de Hong Kong despencou 3,21%.

— No passado, quando você tinha crises geopolíticas, tendia a ter períodos muito voláteis nos mercados e depois a normalização, mas é difícil avaliar quando conseguiremos isso — disse Justin Onuekwusi, gerente de portfólio da LGIM.

No mercado de câmbio, o nervosimo se repetiu. O rublo se desvalorizou quase 7%, atingindo um valor sem precedentes de 86,98 por dólar. O Banco da Rússia disse que realizará intervenções cambiais.

Já o iene japonês subiu em um movimento de segurança, enquanto o euro e as moedas ligadas a commodities recuaram.

Grãos e metais sobem e devem pressionar inflação
Os preços das commodities subiram, de petróleo a grãos e metais, devido às preocupações de que os fluxos de matérias-primas sejam interrompidos pela crise. A Ucrânia é um grande exportador de grãos e as sanções podem isolar a Rússia, uma potência de commodities.

A situação evidencia novos desafios para a recuperação global. Vários países convivem com preços já elevados de energia e alimentos, o que vem pressionando a inflação.

— A pressão sobre os preços da energia aumentará significativamente e aumentará os riscos de preços mais altos — disse Carsten Roemheld, estrategista de mercado da Fidelity International, por telefone.

Em criptomoedas, o Bitcoin caiu para cerca de US$ 35.000 em meio à aversão ao risco. O segundo maior token, o Ether, também sofreu pesadas perdas.

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FeCombustíveis
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