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Petróleo despenca 7% com piora no cenário do coronavírus na Europa

Os preços do petróleo recuaram pelo quinto dia consecutivo na quinta-feira (18), registrando as maiores quedas diárias desde o último verão (no Hemisfério Norte), diante de temores cada vez maiores com o aumento no número de casos de Covid-19 na Europa e da valorização do dólar.

Diversas economias europeias de grande porte tiveram de impor novos lockdowns em meio à alta nos casos, enquanto os programas locais de vacinação perdem tração devido a temores de efeitos colaterais da vacina da AstraZeneca, que vinha sendo amplamente distribuída na Europa.

O cenário de enfraquecimento não foi limitado ao petróleo, já que os contratos futuros do óleo para aquecimento e da gasolina negociados nos Estados Unidos recuaram mais de 5% cada.

“O mercado havia precificado o melhor cenário possível para a recuperação da demanda. Todo mundo estava celebrando o avanço das vacinas e a redução das restrições”, disse John Kilduff, sócio da Again Capital em Nova York.

“Agora, as coisas saíram do trilho quase que completamente na Europa. Os lockdowns na Polônia e Itália atingem o coração de toda essa narrativa de recuperação de demanda e as teses que haviam dado impulso aos preços”, acrescentou.

Os futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 4,72 dólares, ou 6,9%, a 63,28 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) recuou 4,60 dólares, ou 7,1%, para 60 dólares o barril.

Com isso, ambos os contratos agora apuram queda de mais de 11% desde 8 de março. A sequência de cinco dias de perdas é a maior para o WTI desde fevereiro de 2020, e a mais longa para o Brent desde setembro de 2020. Ela ocorre após especuladores terem estabelecido a maior posição comprada em futuros e opções do petróleo nos EUA desde 2018.

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MoneyTimes
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