Mercado

Petróleo aproveita dólar ‘mais comportado’ e emplaca terceira alta consecutiva

O petróleo opera em alta nesta segunda-feira (12), repercutindo um dólar mais fraco e a possibilidade de novas restrições de oferta vindas da Rússia.

Por volta das 16h, as referências de petróleo WTI (americana) e Brent (internacional) subiam, respectivamente, 1,11% e 1,00%. Com o resultado do dia, a referência internacional é negociada em torno dos US$ 94/barril.

Os mercados de petróleo iniciam a semana ‘surfando’ a onda de um dólar mais comportado, como mostra a queda de 0,65% do índice DXY (que mede a força do dólar ante o euro, libra, iene, franco suíço, coroa sueca e o dólar canadense). Vale lembrar que os contratos da commodity são negociados em dólar.

O recuo da divisa americana vem na esteira de um maior otimismo acerca da inflação ao consumidor dos Estados Unidos em agosto, a ser conhecida amanhã, que ajuda a sustentar também os mercados acionários.

Investidores olham também para a possibilidade de mais restrições de oferta vindas da Rússia. Apesar da Putin ter ameaçado cortar o suprimento de petróleo russo, países do G7 continuam buscando aliados para aderir à “política do teto de preços” sobre a commodity e derivados dela.

A novela do acordo nuclear com o Irã continua

A novela envolvendo o acordo nuclear iraniano também ganhou novos contornos, com declarações de dirigentes europeus neste fim de semana, que dizem duvidar do compromisso de Teerã em negociar um novo acordo.

O chanceler alemão Olaf Scholz expressou a impaciência do lado europeu, dizendo lamentar a demora do Irã em responder positivamente às propostas europeias. Para ele, fica difícil enxergar uma resolução no curto-prazo.

Adiciona mais pressão ao acordo a ida do primeiro-ministro de Israel à Berlim neste fim de semana. O chefe de estado israelense busca dissuadir os países ocidentais de continuar a renegociar o acordo com o Irã, considerado o principal inimigo regional do estado judeu.

A heterogeneidade de interesses envolvendo a questão traz incertezas aos mercados de petróleo e frustra a expectativa de que o Irã volte a participar com fluxos substanciais de produção ainda em 2022.

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MoneyTimes
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