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Petrobras divulga queda de 3,7% na produção do segundo trimestre de 2020

A Petrobras fechou o segundo trimestre com uma queda de 3,7% na produção de óleo e gás, na comparação com o primeiro trimestre. A empresa produziu, em média, 2,802 milhões de barris diários de óleo equivalente (BOE/dia) entre abril e junho, período em que o choque de demanda global, decorrente dos efeitos da pandemia da covid-19, atingiu seus momentos mais críticos, sobretudo entre abril e maio. Frente ao segundo trimestre de 2019, o volume, por sua vez, representa uma alta de 4,1%.

A Petrobras é negociada na B3 através dos papéis (BOV:PETR3) e (BOV:PETR4). Em 2020, as ações da estatal desvalorizaram 23,00% até hoje. Apesar da queda abrupta da demanda em fins de março e em abril, a produção média de óleo, LGN e gás natural no 2T20 foi de 2,802 MMboed, 6,4% maior do que a do 2T19 e apenas 3,7% abaixo do 1T20.

“Tal resultado foi viabilizado pela rápida reação da companhia aos desafios impostos pela recessão global causada pela pandemia. No mês de abril, iniciativas integradas de logística e marketing permitiram o crescimento das exportações, o que compensou a contração da demanda doméstica por combustíveis. Alcançamos recorde de exportação de petróleo, atingindo a marca de 1 milhão de barris por dia”, explicou a estatal no relatório.

Já a produção de petróleo no Brasil recuou 3,2% na mesma comparação, para 2,245 milhões de barris ao dia.

Segundo a estatal, o recuo ocorreu principalmente em função dos impactos oriundos da pandemia da Covid-19, que resultaram em hibernação das plataformas que operam em águas rasas e não são resilientes a baixos preços de petróleo.

Além disso, a empresa interrompeu temporariamente, em função de casos de coronavírus, a produção nos FPSOs Cidade de Santos, Cidade de Angra dos Reis e Cidade de Mangaratiba, na Bacia de Santos, e no FPSO Capixaba, na Bacia de Campos.

A produção nos campos do pré-sal foi 1% inferior ao trimestre anterior, com a interrupção da extração na área de Tupi para desinfecção nos FPSOs Cidade de Angra dos Reis, de 05 a 17 de maio, e Cidade de Mangaratiba, de 30 de abril a 10 de maio.

A empresa ainda relatou atraso na resolução de problemas operacionais cuja manutenção demorou mais que o esperado em função das restrições de embarque decorrentes da Covid-19, principalmente na P-67 e P-74.

Esses eventos foram parcialmente compensados pela menor realização de paradas programadas no segundo trimestre em relação ao início do ano, comentou a empresa.

A Petrobras ainda sofreu com a “queda na demanda, mais acentuada no mês de abril, com recuperação nos meses de maio e junho”.

“Apesar das dificuldades enfrentadas, conseguimos manter a produção de óleo no Brasil no patamar planejado”, afirmou a companhia, que manteve sua meta de produção para o ano de 2,7 milhões de boed, com variação de 2,5% para cima ou para baixo.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a produção total da Petrobras subiu 6,4%.

No semestre, a Petrobras registrou um aumento de 10,4% ante o mesmo período de 2019, para 2,856 milhões de boed.

“A Petrobras enfrentou… crise sem precedentes na indústria, com queda acentuada no valor do Brent, forte diminuição de demanda e excedente de produtos no mercado. Mesmo nesse contexto desafiador, a companhia apresentou um sólido desempenho operacional no período…”, disse em nota.

Fonte
Reuters
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