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Mercado internacional e forte demanda seguram preço elevado do óleo diesel

Mesmo com a queda nos preços de combustíveis como gasolina e etanol nas bombas de Mato Grosso do Sul nos últimos meses, ainda não é possível ver força na queda dos preços do diesel.

Segundo levantamento por meio da pesquisa semanal de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), desde julho, o litro do diesel comum reduziu 2,41%, saindo de R$ 7,03 para R$ 6,86 na última medição, que compreende a semana de 28 de agosto até 3 de setembro.

Já o diesel S10, a redução foi de 2,77% no mesmo período, com o preço médio caindo de R$ 7,20 para R$ 7,00.

Se comparadas as reduções mais recentes, o litro do diesel comum e S10 caíram 6% e 6,54% respectivamente. Isso porque, entre julho e agosto, o preço médio subiu para R$ 7,30 o litro e R$ 7,49.

De acordo com o doutor em economia Michel Constantino, as causas são explicadas por uma conjuntura de fatores dos mercados interno e mundial.

“Os impostos [ICMS] do diesel em média já eram menores que o teto de 17%. E como pressão externa: a demanda por diesel mundialmente está crescendo com o uso de usinas termelétricas e carvão pela Europa”, resume.

TRIBUTAÇÃO

Diferentemente da gasolina e do etanol, a taxação do óleo diesel no Brasil sempre foi menor. Em Mato Grosso do Sul, quando o governo anunciou a redução da alíquota da gasolina de 30% para 17%, em adequação à alíquota modal, conforme rege a lei complementar n° 194, que determinou combustíveis, energia elétrica, telecomunicações, gás de cozinha e transportes como itens essenciais, o diesel não caiu porque já era taxado a abaixo da taxa básica.

De acordo com o Sindicato dos Fiscais Tributários de Mato Grosso do Sul (Sindifiscal-MS), até a promulgação dessa lei, a gasolina era tributada em 30%, o etanol em 20%, o diesel em 12%, as telecomunicações em 25% e os transportes em 17%.

Essa desregulação no preço do combustível no mercado internacional levou o barril de petróleo a custar US$ 130,00 no auge do conflito. Outro problema relacionado ao diesel foi a redução do suprimento de gás natural da Rússia para geração de energia na Europa.

Especialistas comentam que com a retração de fornecimento cria-se a necessidade de substituição e o diesel é o combustível de mais fácil acesso, com menor gasto disponível em situações de urgência.

Fonte
CorreiodoEstado
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