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Liberação de reserva de petróleo dos EUA podem causar novas quedas nos preços

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden informou a liberação da reserva estratégica de petróleo com o intuito de combater a inflação e reduzir os preços dos combustíveis. Desde o começo do mês, foram realizadas reuniões do grupo OPEP+ onde foram solicitados o aumento da produção de petróleo. No entanto, diante de um cenário de pouco aumento na oferta, os Estados Unidos tomaram a decisão de liberar suas reservas estratégicas.

Durante o início do mês de novembro foi realizada a reunião mensal do grupo OPEP, onde foi acordado um aumento na produção de petróleo em 400 mil barris por dia. Considerando os sucessivos aumentos nas cotações da commodity desde o início de 2021, Biden solicitou que o grupo elevasse a oferta para além do acordo. No entanto, alegando aumento nos novos casos de covid e uma possível quebra na demanda, o grupo rejeitou o pedido do presidente americano.

Dessa forma, os Estados Unidos, observando a inflação crescer e com os altos preços dos combustíveis, optou por utilizar outras ferramentas para causar quedas nas cotações do petróleo. Assim, a partir de reuniões com outros países, foi considerado a liberação das reservas de emergência do produto.

Ademais, Joe Biden, anunciou hoje (23) um esforço em conjunto com outros países, como a China, Índia, Japão, República da Coréia e Reino Unido, onde irá ocorrer a disponibilização de 50 milhões de barris da reserva de emergência.

Esse movimento irá ocorrer de duas maneiras:

  • 18 milhões de barris serão disponibilizados nos próximos meses, referente a uma venda de petróleo que o Congresso havia autorizado anteriormente.
  • 32 milhões de barris serão uma troca nos próximos meses, liberando petróleo que eventualmente retornará à Reserva Estratégica de Petróleo nos próximos anos.

Com isso, o aumento da oferta de petróleo, causada por essas liberações das reservas, já pode ser sentido, onde conforme as declarações desse movimento foram se tornando públicos, os preços do petróleo apresentaram queda de quase 10% nas últimas duas semanas, saindo de US$ 86/barril para US$ 78/barril.

Diante das informações vistas até então, abre-se a possibilidade de dois cenários distintos: Por um lado, a redução nas cotações podem ser pontuais, reduzindo o preço do petróleo por um período apenas, ou; caso esse movimento seja feito conforme o aumento do consumo da commodity, os preços podem sofrer maiores resistências para altas recordes.

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