Em abril, Brasil importou maior volume de diesel em quase um ano e meio

Os importadores de diesel voltaram a ampliar sua participação no mercado brasileiro em abril. Segundo os números mais recente do Ministério da Economia, ao longo do mês passado um pouco mais de 1,38 milhão de metros cúbicos do derivado entraram no país. Esse é o maior volume importado em praticamente um ano e meio – a última vez que o país havia registrado importações tão significativas havia sido em novembro de 2019 quando praticamente 1,91 milhão de m³ entraram no país.

As importações já tinham apresentado sinais de recuperação em março quando os desembarques registraram 878,7 mil m³ reduzindo consideravelmente a desvantagem em relação ao registrado no ano passado.

Agora, contudo, o ritmo dos negócios parece ter engrenado a segunda marcha e invertido as variações negativas que vinha acumulando desde a virada do ano. Em relação a abril de 2020, a quantidade de diesel a chegar aos portos do país avançou 40,6%.

Apesar da virada, o somatório das importações no ano atual ainda não passou para o azul. Até abril, as importações totalizaram 3,74 milhões de m³. São 448,5 mil m³ – 10,7% – menos do que no mesmo período de 2020.

O porto de São Luís (MA) foi a principal porta de entrada de diesel no país. Cerca de 524,6 mil m³ foram desembarcados por lá ao longo do período.

Valor

As compras brasileiras de óleo diesel no mercado exterior movimentaram US$ 618,4 milhões – R$ 3,23 bilhões – em abril. Esse montante é aproximadamente 121% maior que no ano passado.

Esse aumento se deve basicamente ao aumento do volume importado. A cotação do diesel se manteve basicamente estável. A cotação recuou parcos 0,2%, indo de US$ 448,86 em março para US$ 447,80 em abril.

Em queda

Os Estados Unidos mantiveram a liderança entre os fornecedores de diesel para o mercado brasileiro. Em abril, o Brasil importou 358 mil m³ de fornecedores norte-americanos, pagando US$ 160,4 milhões pelo produto.

Esse volume representa aproximadamente 26% do total importado pelo Brasil no período. É uma liderança bem mais estreita que a usual. Nos últimos cinco anos, a menor participação que os EUA tiveram no mercado de importação brasileiro havia sido de 59% em setembro de 2017.

A Arábia Saudita compensou boa parte da redução das exportações dos Estados Unidos para o Brasil. Em abril, o país do Oriente Médio embarcou para cá 286,4 mil m³ de combustível, aproximadamente um quinto do total importado.