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Desoneração dos combustíveis está com os dias contados; veja o impacto nos preços

No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por alongar a desoneração dos combustíveis por mais 60 dias. O prazo termina no dia 1º de março e o governo já se preparar para retomar os impostos da gasolina e etanol.

No sábado (28), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou não haver discussões sobre estender novamente a desoneração. Agora, o Ministério da Fazenda parece também sinalizar a volta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Os discursos são desconexos. “Fernando Haddad indica que desoneração sobre combustíveis ‘está se consolidando’ o que denota que o ministro da Fazenda está a par das tratativas”, afirma Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos.

No entanto, o ministro disse hoje, após reunião na Febraban, que não ouviu novidades de Lula sobre o tema e que não fala sobre combustíveis desde 1º de janeiro.

Desoneração dos combustíveis

No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro anunciou a redução do ICMS para combustíveis como uma forma de controlar o preço dos produtos, reduzir a inflação e usar como uma cartada nas eleições.

A medida limitou a cobrança feita pelos estados, o que levou à redução dos caixas estaduais. Tanto que na reunião realizada por Lula com os 27 governadores na semana passada, a desoneração foi um tema discutido.

Essa redução estava prevista para acabar no dia 1º de janeiro, mas Lula manteve a isenção até o fim de fevereiro para a gasolina e o álcool, e até o final do ano para o diesel, biodiesel, gás natural e de cozinha.

“Essa prorrogação foi decidida após embate entre membros do PT e equipe econômica. Na ocasião, Lula optou por manter os impostos zerados. A equipe econômica foi contrária à decisão, já que representaria renunciar a um grande volume de impostos”, destaca Rafael Passos, analista da Ajax Capital.

A projeção é de que essa extensão da desoneração tem um impacto de, aproximadamente, R$ 25 bilhões aos cofres públicos.

Há duas semanas, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que caso o governo prorrogasse a desoneração de combustíveis, o Ministério da Fazenda precisaria buscar fontes para compensar essa perda de arrecadação.

Fonte
MoneyTimes
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