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Desabastecimento não preocupa por ora transportadoras

Uma eventual falta de diesel no país poderia provocar um desabastecimento em todos os demais setores da economia, de acordo com o presidente do Adriano Depentor, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Cetcesp).

O dirigente considera, no entanto, que esse ainda é um risco pequeno, dadas as garantias dadas pelo governo e também pelo impacto que um eventual evento do tipo pode desencadear na economia.

“O que vem ocorrendo desde o início deste ano com aumento do diesel tem nos causado muita preocupação. Se faltar diesel, não tem outra solução que não seja a falta de abastecimento da economia como um todo: produtos de consumo nas prateleiras dos mercados, da farmácia”, afirma Depentor.

O presidente da entidade diz ainda que a notícia causa estranheza pelo fato de que o consumo no Brasil ainda não está no seu ápice. Geralmente, explica, o segundo semestre é mais aquecido para o transporte rodoviário, tanto por causa da colheita da safra como também por eventos do calendário do varejo, como o Natal e a Black Friday. Em alguns segmentos, segundo ele, a alta chega a ser de 50% na comparação com os primeiros seis meses do ano.

Para Depentor, a chance de um desabastecimento é baixa. “O próprio MME [Ministério de Minas e Energia] afirmou que o país tem estoque para 38 dias. Ainda assim, é uma possibilidade que causa certo temor em toda a comunidade transportadora”, afirma, acrescentando que, entre empresários do setor, causa apreensão notícias como a de um possível abastecimento do combustível na Argentina.

Uma pesquisa realizada em 2017 pela Fundação Dom Cabral com empresas embarcadoras de cargas no Brasil mostra que 75,9% delas utilizam serviços de transporte rodoviário. Em segundo lugar, bem atrás, com 9,2%, estão os serviços de transporte marítimo, seguidos do aéreo (5,8%) e ferroviário (5,4%).

Ainda de acordo com Depentor, um eventual desabastecimento afetaria quase que imediatamente o setor, já que mesmo as empresas que contam com esquema de abastecimento próprio não costumam contar com grandes reservas.

“Mesmo as grandes empresas teriam diesel para dois, três dias apenas”, lembra.

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FeCombustíveis
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