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Como a crise energética na Europa afeta os preços do petróleo no Brasil – Diesel Economics

Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, que já completou 6 meses e segue sem perspectiva de um fim próximo, as economias estão voláteis.

Diante das sanções políticas impostas por diversos países, houve restrição do fluxo de fornecimento do gás russo para Europa, que corresponde a cerca de 40% do volume importado pela União Europeia.

O Reino Unido, por exemplo, em junho registrou o primeiro mês sem nenhuma importação de petróleo e derivados da Rússia, sendo um pioneiro da vertente que os países europeus devem seguir nos próximos meses, com o prosseguimento das sanções impostas à Rússia.

Nas últimas semanas, o gasoduto Nord Stream 1, que liga a Rússia à Alemanha através do Mar Báltico, vem passando por interrupções para manutenção. Como é o principal gasoduto em que a Europa recebe o gás proveniente de território russo, essa manutenção fez com que os preços aumentassem para os patamares mais altos já registrados em sua série histórica.

A energia em países como Alemanha e França bateram recordes após alta de 8,9% nos contratos futuros de gás natural.

Em relação aos contratos futuros do petróleo, o índice vem absorvendo quedas, o que impacta diretamente aqui no Brasil, já que o preço praticado pela Petrobras usa como referência os preços praticados no exterior.

Porém com a escassez e alta do preço da commodity energética na Europa, vem fazendo com que haja uma substituição para uso de derivados de petróleo na geração de energia residencial e de indústrias, gerando resistência para uma diminuição mais significativa no preço de derivados como o diesel.

Dessa forma, apesar do aumento de demanda por petróleo, ocasionadas pela crise energética na Europa, o petróleo deve seguir em patamares mais baixos, influenciados por um possível acordo entre o Irã e Estados Unidos, que liberaria oferta adicional de petróleo no mercado, e pela retração de consumo influenciados pelo aumento de taxa de juros em países estratégicos.

Porém é necessário sempre estar atentos as questões que envolvem especulações do mercado e índices que podem puxar o petróleo para um viés mais altista.

Por Anderson Moraes – Diesel Economics

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