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Biodiesel a B15 é outra decisão espinhuda de Lula na esteira da que foi a volta dos impostos

Outra decisão espinhuda para o governo no campo dos combustíveis entrará na agenda ainda em março. O aumento da mistura do biodiesel ao óleo diesel em 15%, protelada há muito tempo.

A medida, defendida pelo setor industrial da soja especialmente – juntando Abiove (esmagadoras e tradings), mais Ubrabio e Aprobio, ambas agremiações das destilarias -, pode amenizar o impacto inflacionário dos preços do petróleo em caso de cotações menos explosivas das cotações do grão. Essa biomassa domina esmagadoramente a produção de biodiesel e ainda embute menor carga poluidora do diesel.

Vale lembrar que há um efeito cascata também favorável no controle inflacionário. Maior produção de óleo, sobra mais farelo para a alimentação animal, atenuando custos das criações, com potencial efeito de contenção das altas das carnes.

Mas, também, pode ocorrer o contrário

Há um viés de pressão para os preços do grão, com a boa safra brasileira, em torno de 150 milhões de toneladas, e uma safra melhor no Estados Unidos, mas isso não é garantia, sobretudo porque a demanda chinesa pode produzir sustentação de preços, como foi o argumento usado pelo governo Bolsonaro para manter os níveis da mistura.

Como o diesel vai ter aumento junto com a gasolina e o etanol, com a volta dos impostos federais sobre os combustíveis, em decisão do presidente Lula na segunda, cercada de disputa interna contrária no governo, o aumento para o B15, saindo dos 10% atuais, deverá demandar muito debate.

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MoneyTimes
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