Demanda

Petrobras vê redução gradual do consumo de petróleo

A Petrobras acredita que a redução do consumo de petróleo e gás nos próximos anos no mundo será gradual, mas, mesmo assim, a estatal petrolífera não deixa de olhar para novos mercados que estão crescendo, afirmou a gerente-executiva de mudança climática da companhia, Viviana Coelho, no evento online Brazil Gas Summit.

Segundo ela, nesse contexto, entre os setores que a empresa analisa, está a área de biocombustíveis avançados. A empresa tem iniciativas para modernizar as refinarias que opera para permitir a produção de combustíveis com menor emissão de carbono. Coelho também destacou a importância de usinas termelétricas a gás para a segurança do suprimento de energia.

“A Petrobras acredita que o Acordo de Paris [sobre clima] terá resultados e isso envolve a redução do uso do petróleo a longo prazo, então precisamos nos preparar para isso”, apontou.

Coelho afirmou que o pré-sal tem um papel importante na busca por uma produção de petróleo e gás mais responsável e com baixa pegada de carbono, alinhada ao novo momento. “A demanda por petróleo vai se retrair, mas isso vai levar décadas. Por isso, é importante produzir petróleo e gás de maneira eficiente e com menos emissões de carbono”, disse.

A executiva lembrou que o Brasil está bem posicionado para a transição para uma economia de baixo carbono dada a alta participação de fontes renováveis na matriz elétrica.

Nesse sentido, o país vai precisar descarbonizar principalmente setores como o de transporte e, segundo a executiva, os recursos da produção de petróleo e gás podem auxiliar nesses esforços. “O mercado de óleo e gás vai ajudar a financiar a transição”, comentou Coelho.

A gerente destacou que a estatal tem compromissos para zerar as emissões de carbono e que, para tanto, busca ter uma boa quantificação e transparência a respeito dos volumes emitidos.

Além disso, segundo Coelho, a empresa investiu mais de R$ 1 bilhão em projetos com impacto ambiental e social entre 2014 e 2020. “Já estamos reduzindo emissões e melhorando eficiência há pelo menos uma década”, afirmou a executiva.

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BiodieselBR
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